Os ursos negros do Alasca conseguem sobreviver sete meses sem se alimentarem e sem perderem massa muscular ou óssea. Este "fenómeno" acontece durante a hibernação, cujas características surpreenderam os investigadores do Instituto de Biologia do Ártico, da Universidade do Alasca.
Numa investigação pioneira sobre este processo que decorre no Inverno, os cientistas descobriram que estes animais baixam o funcionamento do seu metabolismo até 25 por cento, um valor muito superior ao de outros animais que também passam pelo mesmo.
Estudo pioneiro
Este foi o primeiro estudo que mediu as taxas metabólicas e a temperatura corporal de ursos negros visto que, anteriormente, limitações técnicas impediram o acompanhamento contínuo a longo prazo destes animais.
Nesta investigação, em que foram observados cinco ursos, este contratempo foi ultrapassado com a utilização de transmissores de rádio - que foram implantados em cada um dos animais para registar a temperatura corporal, os batimentos cardíacos e a actividade muscular - e câmaras de infra-vermelhos, que monitorizaram estes mamíferos, mantidos em estruturas de madeira semelhantes às suas tocas, longe da agitação humana.